Assim que a criança nasce, é importante verificar se existe ou não criptorquidia. Se os testículos não estiverem situados na bolsa escrotal, a conduta é observar como evolui o caso durante um ano, um ano e meio, porque eles podem migrar naturalmente. Caso contrário, o menino deve corrigir a anomalia precocemente para preservar a função germinativa.
Diagnóstico
É importante distinguir criptorquidia do testículo retrátil. Este é levado à bolsa escrotal com facilidade, mas volta e aloja-se na região proximal da raiz da bolsa. Essa capacidade migratória é provocada pela hipertrofia ou funcionamento exacerbado do músculo cremaster e não requer nenhuma intervenção. Os estímulos hormonais que se manifestam a partir dos sete, oito anos, farão que os testículos se fixem espontaneamente dentro da bolsa.
Complicações
A retenção dos testículos dentro da cavidade abdominal é causa importante da esterilidade masculina e favorece o desenvolvimento de neoplasias. Por isso, se houver dificuldade em levar o testículo até a bolsa, quando o tratamento ocorre numa fase tardia, o melhor é retirá-los para evitar problemas mais graves.
Tratamento
O uso da gonadotrofina coriônica (hCG) provoca o amadurecimento transitório e mais rápido do testículo, auxiliando a fase final da migração. Na maior parte dos casos, porém, sobretudo quando o problema é unilateral, a melhor opção de tratamento é a cirurgia para liberar o testículo das aderências que se formaram dentro do abdômen a fim de permitir que o cordão espermático o conduza para a bolsa escrotal.
Recomendações
• É importante palpar os testículos das crianças para assegurar que ambos se encontram na bolsa escrotal;
• Não deixe para mais tarde a realização da cirurgia se a criptorquidia foi diagnosticada em seu filho.
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